O sapo, a panela, o terremoto e o Haiti
Diversas vezes assisti o documentário "Uma verdade inconveniente" de Al Gore. Cada vez que o fazia, possuía novas perspectivas, e acabava por analisar pontos diferentes no filme o que me causava uma metamorfose de opiniões. Em paralelo, a historieta do Sapo na Panela era algo que imutavelmente me chamava à atenção neste filme:
prepotentes racionais, quando temos algum choque, uma catástrofe natural ou um atentado terrorista por exemplo, prontamente buscamos remediar a situação. Tomamos as medidas necessárias até que o problema, enfim, esteja esquecido resolvido. Já se o problema é inserido em doses homeopáticas vamos adaptando-nos a ele, até que não pareça mais um problema, pareça apenas uma dura e indiferente irremediável realidade cotidiana.
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Que o Haiti precisou e ainda precisa de ajuda é de indubitável certeza. Os países que o cercam ao redor do globo, mesmo depois do fim do bloqueio comercial, pouco fizeram para ajudá-lo. O EUA ocupou-o militarmente no início do século XX, única e exclusivamente para defender seus interesses no território. Durante a guerra fria apoiaram um líder conhecido como Papa Doc, o qual com uma feroz e violenta ditadura comandou o Haiti até a década de 70 quando morreu e deixou o governo nas mãos de seu filho, Baby Doc. E dá-lhe mais ditadura e violência.
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Último discurso de doutora Zilda Anrs, uma das poucas que realmente se importavam com o próximo.
referências:
Uma verdade inconveniente - An Inconvenient Truth , EUA, 2006 - 100 min - Documentário
Lei de Talião - "Olho por olho, dente por dente"