Hipocrisia e um bocado de indignidade
Há alguns dias atrás assisti no Pânico na TV (sim, assisto pânico) um quadro onde havia um repórter (o cara é o que interpreta o “Traficante Macho Passivo, muito conhecido no You Tube) que na rua perguntava a alguns entrevistados o que achavam do caráter de Sarney, a resposta de prontidão era quase sempre a mesma, “o cara é um ladrão, tem que tirar ele de lá”. Mas a situação mudava quando o repórter fingia que desligava a câmera e oferecia uma merrequinha, dez ou vinte reais, para o pessoal falar bem de Sarney. Ao religar a câmera, via-se bons atores, testemunhando cheios de orgulho, sobre a honestidade acima de qualquer suspeita do “Imperador Maranhense”.
“Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”, esse é o ditado que se familiariza melhor com a personalidade brasileira, personalidade malandra esta, que por cultura, sempre esteve inserida em nossa sociedade, mas nunca foi considerada ruim, até o momento, é claro, que começou gerar prejuízos, exemplo dos que vemos na política. A influência da corrupção é tanta, que já á consideramos comum, já á aceitamos e infelizmente já cometemo-las. Governantes são sinônimos de corruptos e os votos sinônimos de desperdício, a realidade é esta, grotesca, pois lideres são reflexo do seu povo, se julgamos todos corruptos, é porque há uma grave falha em nossa conduta. Felizmente, no quadro do Pânico, havia alguns cidadãos de respeito, os quais não foram comprados por migalhas, resta a estes, o dever e a honra de defender nossa sociedade e acreditar nela, pois quando já se foi a esperança, não existi mais nada...